Frequento a Cidade Universitária
desde criança, quando participava das aulas de introdução a pratica esportiva
no CEPEUSP, e nesta época já havia ciclistas treinando dentro do Campus.
Anos depois fiz o curso de
Medicina Veterinária na FMVZ-USP e justamente nesta época, frequentando o
CEPEUSP, agora como aluno, conheci alguns triatletas e decidi testar este
esporte pelo qual me viciei até hoje e espero não me curar tão cedo.
A Universidade de São Paulo não
me apresentou apenas o triathlon. Lá pude ver de perto furtos e roubos de carros,
sequestros relâmpago, notícias de estupro, tráfico e consumo de drogas
dos mais variados tipos (a USP foi o primeiro local onde vi pessoas cheirando e
injetando cocaína livremente numa festa em uma unidade do Campus).
Mas onde eu quero chegar com
isso?
Pois bem escrevo isso por que, de
novo, a Prefeitura do Campus demonstra enorme preocupação em regulamentar a
prática do Ciclismo esportivo dentro da Cidade Universitária como se esse fosse
o principal problema do campus.
Em abril de 2005 o ciclismo
chegou a ser proibido dentro do Campus. Cheguei a ser perseguido pela Guarda
Universitária, que me acompanhou até meu carro e me obrigou a guardar a
bicicleta e me escoltou “gentilmente” até o portão de saída. Depois disso já
tivemos outras tentativas de limitar o campus para o Ciclismo, todas, ainda
bem, mal sucedidas.
O que faz a USP, seus estudantes
e funcionários (quase todos, menos minha queridíssima esposa e meu pai rsrsrs)
achar que a cidade universitária é um mundo à parte, onde eles podem proibir as
pessoas de entrar e sair? A USP é de todos nós! Somos nós que sustentamos
aquilo tudo. Nós que bancamos os professores, funcionários, alunos e até aquela
meia dúzia de idiotas que vez ou outra decide proibir a PM de entrar no Campus
para que possam traficar e consumir suas drogas livremente.
Eu não sou contra a
regulamentação do ciclismo dentro da Cidade Universitária. Acho que o número de
praticantes cresceu demais, tem muita gente que não respeita leis básicas de
convivência, existem assessorias que não estão nem aí (todos sabem à quem
me refiro), enfim algo precisa ser feito.
O que me causa estranheza é esta
preocupação enorme com a regulamentação de locais e horários para a prática do
ciclismo esportivo.
Por que a Prefeitura do Campus não se preocupa em regulamentar
local e horário para a prática dos assaltos, furtos de veículos, estupros,
tráfico e/ou consumo de drogas? Facilitaria bastante o combate à estes crimes. E por que não direcionar a já escassa guarda universitária para coibir crimes ao invés de práticas esportivas?
Mas criar as regras é fácil.
Difícil é criar fiscalização, educação e punição aos infratores.
Como eu já disse antes em outro
post (http://bnitrini.blogspot.com/2011/06/educacao-ou-adestramento.html); você pode ensinar seu cachorro a não subir no sofá, mas se não vigiar e
não puni-lo quando ele subir, quando você virar as costas e adivinha onde ele
vai dormir? O ser humano é igualzinho! Alguns precisam de educação, mas a
maioria só funciona com adestramento!
Espero que prevaleça o bom senso
nessa situação. Tanto dos gestores da USP quanto dos que se utilizam da cidade
universitária para seus treinos.
Vou deixar aqui o link de um
outro post que fiz algum tempo atrás sobre a educação (ou falta dela) dos
ciclistas na USP.
Abs!
Boa ,concordo com tudo , vamos ver a agora da certo. Um ciclismo mais organizado já vai ajudar.
ResponderExcluirUm abraço
Fernando