Meus amores

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Prioridades secundárias


 
 
Frequento a Cidade Universitária desde criança, quando participava das aulas de introdução a pratica esportiva no CEPEUSP, e nesta época já  havia ciclistas treinando dentro do Campus.
Anos depois fiz o curso de Medicina Veterinária na FMVZ-USP e justamente nesta época, frequentando o CEPEUSP, agora como aluno, conheci alguns triatletas e decidi testar este esporte pelo qual me viciei até hoje e espero não me curar tão cedo.
A Universidade de São Paulo não me apresentou apenas o triathlon. Lá pude ver de perto furtos e roubos de carros, sequestros relâmpago, notícias de estupro, tráfico e consumo de drogas dos mais variados tipos (a USP foi o primeiro local onde vi pessoas cheirando e injetando cocaína livremente numa festa em uma unidade do Campus).
Mas onde eu quero chegar com isso?
Pois bem escrevo isso por que, de novo, a Prefeitura do Campus demonstra enorme preocupação em regulamentar a prática do Ciclismo esportivo dentro da Cidade Universitária como se esse fosse o principal problema do campus.
Em abril de 2005 o ciclismo chegou a ser proibido dentro do Campus. Cheguei a ser perseguido pela Guarda Universitária, que me acompanhou até meu carro e me obrigou a guardar a bicicleta e me escoltou “gentilmente” até o portão de saída. Depois disso já tivemos outras tentativas de limitar o campus para o Ciclismo, todas, ainda bem, mal sucedidas.
O que faz a USP, seus estudantes e funcionários (quase todos, menos minha queridíssima esposa e meu pai rsrsrs) achar que a cidade universitária é um mundo à parte, onde eles podem proibir as pessoas de entrar e sair? A USP é de todos nós! Somos nós que sustentamos aquilo tudo. Nós que bancamos os professores, funcionários, alunos e até aquela meia dúzia de idiotas que vez ou outra decide proibir a PM de entrar no Campus para que possam traficar e consumir suas drogas livremente.
Eu não sou contra a regulamentação do ciclismo dentro da Cidade Universitária. Acho que o número de praticantes cresceu demais, tem muita gente que não respeita leis básicas de convivência, existem assessorias que não estão nem aí (todos sabem à quem me refiro), enfim algo precisa ser feito.
O que me causa estranheza é esta preocupação enorme com a regulamentação de locais e horários para a prática do ciclismo esportivo.
Por que a Prefeitura do Campus não se preocupa em regulamentar local e horário para a prática dos assaltos, furtos de veículos, estupros, tráfico e/ou consumo de drogas? Facilitaria bastante o combate à estes crimes. E por que não direcionar a já escassa guarda universitária para coibir crimes ao invés de práticas esportivas?
Mas criar as regras é fácil. Difícil é criar fiscalização, educação e punição aos infratores.
Como eu já disse antes em outro post (http://bnitrini.blogspot.com/2011/06/educacao-ou-adestramento.html); você pode ensinar seu cachorro a não subir no sofá, mas se não vigiar e não puni-lo quando ele subir, quando você virar as costas e adivinha onde ele vai dormir? O ser humano é igualzinho! Alguns precisam de educação, mas a maioria só funciona com adestramento!
Espero que prevaleça o bom senso nessa situação. Tanto dos gestores da USP quanto dos que se utilizam da cidade universitária para seus treinos.
Vou deixar aqui o link de um outro post que fiz algum tempo atrás sobre a educação (ou falta dela) dos ciclistas na USP.
 

Abs!