Isso
é ótimo, o ciclismo como esporte, como lazer ou como meio de transporte
(bicicleta é sim meio de transporte Sra. Mônica Waldvoegel) tem uma função
social importante, integrando as pessoas, melhorando a qualidade de vida, a
saúde e por que não encurtando distâncias.
Com
a inauguração das ciclovias da marginal pinheiros, da ciclo faixa de lazer e de
uma ou outra ciclovia na cidade (que ainda ligam nada a lugar nenhum?) , é
impossível não notar o aumento das magrelas.
Mas
esse aumento não está restrito aos finais de semana, ou às madrugadas na USP
(para a galera que treina), todos os dias quem está no carro, na moto, no
ônibus, na van, na perua escolar no trânsito de São Paulo, tem visto aumentar o
número de bicicletas circulando na cidade.
O
que é solução de locomoção para alguns é problema para muitos! Pois a maioria
das pessoas não quer dividir o espaço, já restrito para os veículos
automotores, com esses “novos entrantes”.
E desde os primórdios da humanidade a luta por espaço é o principal
motivo dos conflitos.
Infelizmente
com o aumento do número de pessoas usando a bicicleta (não vou dizer ciclistas,
por que ciclista é uma coisa, usuário de bicicleta é outra) é de ser esperar
que haja um aumento do numero de acidentes envolvendo estes usuários.
Semanas
atrás uma usuária de bicicleta foi atropelada e faleceu na Avenida Paulista,
gerando protestos de cicloativistas que decidiram então “fechar” a mesma
avenida para demonstrar sua indignação contra esse fato e exigir respeito aos
“ciclistas”.
Aí vem
meu questionamento. Como exigir respeito, desrespeitando o direto de ir e vir
dos outros?
Desde pequeno aprendi com
meus pais que meus direitos terminam onde começam os dos outros. Os cicloativistas tem o direito de protestar,
de exigir o espaço deles, mas sem atingir os outros! Da forma como estão
conduzindo esses protestos, estamos criando o ódio aos usuários de bicicleta!
Alguns
anos atrás começou o bum das motocicletas, logo os motoboys estavam exigindo
seu espaço, protestando na Avenida Paulista. Hoje os motoboys conquistaram seu
espaço (o corredor entre os carros) pela força e pela intimidação. Tanto que se
for feita uma pesquisa com paulistanos (não motoboys) arrisco à dizer que 90%
vão responder “ODEIO MOTOBOY”!
É
isso que queremos para os “usuários de bicicleta” e ciclistas? Que as pessoas
nos odeiem e nos tolerem por terem medo de protestos que piorem ainda mais o já
caótico trânsito da cidade.
Eu
já escrevi isso em um post anterior, mas não custa repetir.
Na próxima vez que você sair de
casa para pedalar, lembre-se:
·
Muitas vezes os pedestres não imaginam a velocidade que andamos
nas nossas bicicletas e tem dificuldade de calcular o tempo que tem para
atravessar a rua, reduza a velocidade ao invés de gritar e fazer a pessoa acelerar! (FORA DA BICICLETA TAMBÉM SOMOS PEDESTRES)
·
Use roupas clras, luzes (se pedalar à noite) e CAPACETE SEMPRE!
·
Sinalize com as mãos suas mudanças de faixa ou de direção;
·
Agradeça aqueles motoristas ou pedestres que esperam sua
passagem e respeitarem sua presença (faz toda a diferença, GENTILEZA GERA
GENTILEZA);
·
Ao descer da bicicleta você também é um corredor ou pedestre, portanto
respeite-os;
·
Ao entrar no carro muitas vezes não é possível ver os ciclistas
pelo retrovisor ou mesmo no seu campo de visão (muitas vezes não é de propósito
que o motorista não deixa você passar, ELE NÃO TE VIU REALMENTE!!!);
·
Da educação que você recebeu em casa antes de xingar, agredir ou
gesticular para alguém;
·
De que em qualquer acidente que você se envolva o maior
prejudicado será você! Vale à pena reduzir um pouco a velocidade, mesmo em um
tiro, para evitar a possiblidade de um acidente.
Esse símbolo não me parece coisa de quem está muito afim de
respeitar os outros...
Tipo do protesto que só gera revolta e ódio contra os ciclistas e prejudica a população
Beto, muito bom o post.
ResponderExcluirConcordo mais uma vez com vc. vou copiar o link no meu FB e compartilhar. vamos passar essa idéia adiante.
Grande abraço
Zé Fabrício Pessoa