Cada prova é um aprendizado. Você pode ter experiência
anteriores (no meu caso eram 19 meios ou 70.3) antes deste, mas sempre algo
novo acontece e sempre aprendemos.
Decidi fazer o 70.3 Brasília quando perdi a inscrição para o
GP Extreme (vacilo), já vinha treinando bem desde o início de Janeiro para o
Internacional de Santos (que apesar de toda a confusão que aconteceu serviu
para indicar o caminho. Meus objetivos de pedal e corrida somarem 1:40min foram
atingidos com (1:37:00), e tinha adicionado um volume de ciclismo para os 100km
do GP Extreme. Então tinha um mês para o volume da corrida. O que considerando
a experiência prévia era tempo suficiente.
Com apoio do Alexandre Giglioli (www.agiglioli.com.br) e do Arthur Alvim
que montaram meus treinos, tudo parecia encaixado. A natação, o ciclismo, a
corrida, as transições e a nutrição foram testados nos treinos e todos
responderam bem. O Objetivo estava na cabeça e eu me sentindo mais forte que
nunca.
Chegou o dia! Viagem tranquila com a minha torcedora Símbolo
(ANDRESSA) e um dos meus mais fiéis seguidores (LUCAS, Felipe ficou com a avó
em SP), muita água no dia anterior, retirada do Kit, bike check-in (Gerson –
GERNA www.gerna.com.br. VOCÊ É O CARA!!!!
Minha bike só viaja com você!!), pintura do número, organização das sacolas e
todo aquele ritual pré prova.
LARGADA:
1.100 atletas é muita coisa para uma largada só! É um quebra
pau sem fim! Todo mundo se batendo, apanhando, esbarrando e só fui conseguir
realmente nadar após o contorno da segunda bóia.
A largada em ondas de 400 atletas resolveria isso
facilmente.
No retorno da última bóia, o susto. Ao me levantar na água para orientação, dei uma pernada mais forte e CÂIMBRA!!! Mas uma câimbra muito forte na panturrilha direita. Muito estranho, nunca tenho câimbras treinando, ainda mais em uma natação de menos de 2.000m que testei várias vezes antes da prova.
No retorno da última bóia, o susto. Ao me levantar na água para orientação, dei uma pernada mais forte e CÂIMBRA!!! Mas uma câimbra muito forte na panturrilha direita. Muito estranho, nunca tenho câimbras treinando, ainda mais em uma natação de menos de 2.000m que testei várias vezes antes da prova.
Parei, respirei e segui. Ao subir no deck para sair da água,
CÂIMBRA!!! Ao tirar a roupa de borracha CÂIMBRA!!!! Parei alonguei, capacete,
sapatilha e vamos pro ciclismo.
A panturrilha direita estava dura feito pau, dava para ver o
músculo repuxando e com e tremendo enquanto pedalava, mas o foco era o número
mantivemos o ritmo! Primeira volta 49 minutos 36,7Km/h, percurso duro, com
vento e à cada subida a panturrilha gritava.
Na segunda volta quando passava pela ponte JK, fui engolido por um Pelotão de uns 15 atletas (lamentável, pois havia fiscalização e nada estava sendo feito, mas isso é outro problema). Como fico muito puto com esses pelotões, levantei e sprintei. Talvez esse tenha sido o erro, pois foi nesse Sprint que travou tudo. A câimbra veio desde a panturrilha até a sola do pé e sentia o dedão do pé direito querendo furar a sola da sapatilha. Parei e deitei, tudo repuxando, tudo travado.
Na segunda volta quando passava pela ponte JK, fui engolido por um Pelotão de uns 15 atletas (lamentável, pois havia fiscalização e nada estava sendo feito, mas isso é outro problema). Como fico muito puto com esses pelotões, levantei e sprintei. Talvez esse tenha sido o erro, pois foi nesse Sprint que travou tudo. A câimbra veio desde a panturrilha até a sola do pé e sentia o dedão do pé direito querendo furar a sola da sapatilha. Parei e deitei, tudo repuxando, tudo travado.
Uma raiva filha da P... de saber que estava em excelentes
condições de fazer meu melhor meio e por algum erro, não sei onde. Provavelmente
na nutrição, tudo foi jogado fora...
Lá vou eu, entrando no carro da organização e voltando para
a área de transição. Encontrei minha amiga Vanessa Bley e chorei feito criança.
Liguei para a Dê para contar e lá vem mais choro...choro de raiva, choro de
frustração.
Parece que algo sempre dá errado nos meus 70.3...
Parece que algo sempre dá errado nos meus 70.3...
O pior de tudo foi que o Lucas estava louco para me ver
correndo e estava me esperando na T2. Mas foi aí que de repente ganhei meu dia,
meu ano e um troféu que nenhum pórtico de chegada, pódio pode me dar.
Ao me ver parado Lucas veio dizendo corre pai! Vai papai!
Vai papai!
- Não dá Filhão, papai se machucou.
- Onde pai?
- Aqui, filho na perna.
Ele então abaixou, deu um beijo na batata da perna e falou: “Pronto
pai, sarou. Pode ir. Vai! Vai!Vai!”
Pois é, a gente fica chateado quando uma prova não sai como
planejado. Mas ganha uma demonstração como essa e vê que pelo menos estamos
levando os filhos para o caminho certo. E esse é um TROFÉU que não tem preço!
Então não dá para pensar em parar. É escolher a próxima e
correr para esse molequinho gente boa, para o irmãozinho dele e minha Líder de
Torcida! Amo vocês!
Que venhas as próximas!